O natal chegou, está aí e não tem mais como fugir. Bom, na verdade até tem e algumas pessoas o fazem. Existe gente que passa o natal sozinho, por opção ou pela falta dela. É, na minha opinião uma época densa e opressora, cerca as pessoas e as joga contra a parede exigindo presentes, perdões e promessas. Recai sobre elas um turbilhão de sentimentos que deixam parte (ou a maioria) delas sensíveis e instáveis, não é a toa que nessa época estão os mais altos índices de suicídio do ano. Se espera de nós que deixemos um hábito, façamos uma lista, doemos alguma coisa, perdoemos e sejamos perdoados. Ora, e não deve-se agir assim o ano todo? Ou apenas uma vez por ano é suficiente? Soma-se a carga de um ano para que a atitude de mudança seja visualmente maior, o que é completamente aceitável, nós seres humanos temos mania de nos enganar. Vejamos cada caso separadamente:
Pessoas que se isolam nessa época do ano, o fazem para não ceder a essas implicações natalinas. Algumas por não ter mesmo opção, não ter com quem passar o feriado e coisas do gênero. Mas a maioria certamente o faz para não ter que prometer mundos e fundos, não ver os parentes que com certeza só farão julgar, não perdoar aquele que as feriu de uma forma que julgam imperdoável e não pedir perdão por aquilo que sabem que não têm culpa. Esse particularmente, ser obrigado a fazê-lo fere demais o orgulho e a consciência. Para alguns, essa é a única época do ano em que vêm os parentes, dos quais se isolaram por um motivo e, sendo natal, terão que obrigar-se a enfrentar horas dolorosas em companhia deles.
Mas não há só os que o encaram como uma tarefa árdua, muitos adoram o natal e tudo que vem com ele. Adoram a decoração, as luzes, o velho de barba branca tirando fotos com criancinhas no shopping, os presentes, a comida, as ofertas, a síndrome de solidariedade e principalmente as situações melodramáticas de perdão mútuo. Têm, simplesmente, tara por aqueles momentos da festa em que as pessoas, já sendo guiadas e incitadas pelo álcool, começam a trazer à tona desavenças antigas, assuntos mal resolvidos, e a admitir rancores guardados e mágoas. Para daí então começar a aceitar os pedidos de perdão dos outros, pedir os seus e por fim, chorar. Uma cena aguardada, pois agir assim o ano todo não tem graça e tira a diversão do natal, não é?
As pessoas reagem a momentos de, digamos, pico sentimental de maneiras diferentes. Algumas conseguem passar por eles sem sequelas, outros também conseguem, porém não ilesos. E por fim existem aqueles que simplesmente não conseguem, aqueles que compõem os índices de suicídio natalino. Só o que se pode fazer a respeito é não julgar. Atitudes radicais e desesperadas são incisivamente atacadas pela maioria das pessoas, como se elas fossem, de alguma forma, imunes às mesmas. O que é simplesmente injusto. Posso dizer que uma de minhas qualidades é a empatia. Fui ensinado desde muito cedo a me por no lugar dos outros antes de julgá-los e disso eu nunca me esqueci. É preciso ter a consciência de que tudo ocorre de maneira diferente para cada um e somos passivos a passar por tudo aquilo que julgamos.
2 comentários:
O Natal pra mim tem outro significado Warehouser, aliás A VIDA pra mim tem o significado que eu dou! risos
Eu ganhei o Selo você comentou e só agora vi que posso doar o Selo! Olha que delícia.
Vai lá pegar um pra vc!
Blog Saboroso!
Abração Amigo!
Seu Amigo Papai Noel!... sem renas! risoss
O elogio vc nao leu?...risos
E o selo vai pegar chundo!
Abração!
Feliz Natal 24 horas por dia!
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