sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Leitura 1

Há algum tempo atrás me interessei muito pelo título de um livro que encontrei em uma de minhas visitas à biblioteca do Senac. O título "Como Me Tornei Estúpido" me fez rir a princípio, fiquei curioso em saber do que se tratava e levei-o para ler.


Mais que recomendado, a seguir meu trecho favorito da obra:

Sempre parecera a Antoine contabilizar sua idade como os cães. Quando tinha sete anos, ele se sentia gasto como um homem de quarenta e nove anos; aos onze, tinha desilusões de um velho de setenta e sete anos. Hoje, aos vinte e cinco, na expectativa de uma vida mais tranqüila, Antoine tomou a decisão de cobrir o cérebro com o manto da estupidez. Ele constatara muitas vezes que inteligência é palavra que designa baboseiras bem construídas e lindamente pronunciadas, e que é tão traiçoeira que freqüentemente é mais vantajoso ser uma besta que um intelectual consagrado. A inteligência torna a pessoa infeliz, solitária, pobre, enquanto o disfarce de inteligente oferece a imortalidade efêmera do jornal e a admiração dos que acreditam no que lêem.

Faz refletir sobre as implicações negativas (e não são poucas) pelas quais e inteligência é responsável, fazendo com que a ignorância seja valorizada sob um ponto de vista.

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