O tempo hoje está de um jeito que não costuma estar, está de um jeito que eu adoro que esteja. São raros os momentos em que, o clima de minha cidade, deixa de ser O Inferno de Dante para ser As Brumas de Avalon. Não tem nada melhor que essa vibe de tempo nublado; o sol se escondendo por trás das nuvens espessas que ameaçam derramar água a qualquer instante, mas não o fazem. Um ventinho frio, um ar geladinho tão gostoso de respirar. Um resquício de uma névoa charmosa no começo da manhã, carros e plantas salpicados de orvalho e o melhor: Nada de suor! (Transpiro fácil, e não tem nada que me deixe mais puto que suor).
O clima perfeito me fez acordar pensando nos estados da matéria, pois esse clima remete à água e água remete, imediatamente (pelo menos para mim), aos estados físicos da matéria, pois ela é usada como exemplo quando aprendemos isso nas aulas de química. Líquido, sólido e gasoso. Cada um com seu ponto de fusão, solidificação, ebulição, condensação, etc. Uma vez que também somos matéria, também temos nossos estados, (não físicos e sim psicológicos, nesse caso) então logo me lembrei do seguinte tweet:
O estado que nos encontramos interfere significativamente na maneira com a qual vemos as coisas e as pessoas. Bom hoje pode ser ruim amanhã, bonito hoje, feio amanhã, interessante hoje, tedioso amanhã. Mas não culpemos somente o nosso estado; há quem faça questão de ser tedioso diariamente.
De uma forma ou de outra, nada que presenciamos (nem ninguém), é considerado por nós imparcialmente. Situação, humor e carga pessoal compõem nossa visão das coisas. Uma situação líquida, um humor sólido e uma carga pessoal gasosa fazem com que qualquer coisa seja totalmente desinteressante, qualquer beleza totalmente ofuscada, tudo fica ruim.
Assim como a matéria, somos influenciados por inúmeros aspectos e, diferente dela, temos a opção de permitir ou não que tais influências tomem as rédeas das situações. Dá sim para baixar a temperatura, a fim de impedir uma ebulição desnecessária em certo momento e também dá para aumentar a temperatura no hora de lidar com as pessoas, evitando a solidificação, que na pior das ocasiões pode se tornar permanente.
É só querer, temos autonomia para fazer com que nossos estados não nos ceguem completamente. Temos capacidade de domá-los até ter tido contato suficiente com a pessoa ou coisa, para por fim obter seguras conclusões a respeito da mesma. O final do tweet é satírico pelo fato de que às vezes, coisas ou pessoas, conseguem fazer com que percamos o controle de nossos estados, fazem questão disso. E nesses casos sim, solte as rédeas, deixe rolar tudo, ferva, petrifique, derreta!
É importante que saibamos que estamos no controle de nós mesmos a ponto de abster-se e desobrigar-se. E é mais importante ainda, que saibamos enxergar quem ou o quê merece nossa abstenção ou desobrigação.
4 comentários:
na verdade a gente tem que ser sólido pra tomar as decisões, líquido pra se enquadrar nelas e ter o poder de ser gasoso e sumir quando tudo dá errado!
mto bom o post!
abração!
Puxa, o Dan fechou seu texto com chave de ouro! Nem sobrou nada pra mim rsrs Gosto do mesmo clima que vc, derreto no calor. Falando nisso aqui hj amanheceu 16 graus... Delícia!!! Bjs
Pois é, o Dan disse quase tudo hahaha. Acho que todos os estados podem trazer algum benefício em qualquer situação. É mais a questão de saber proceder com cada um. Não é tão fácil assim alternar entre os estados, e as fezes conseguir uma solução dentro do estado de conforto, do que se arriscar em um estado que se sabe que não tem intimidade nenhuma.
Um beijo!
Sempre é bom passar pelo teu blog.
Tem sempre uma boa escrita e agora você conquistou outros leitores que devo dizer: são ótimos comentaristas!
O Dan falou por mim, então pra não dizer nenhuma bobeira, me retiro!
Um abraço e um sorriso.
- vi você sexta com seu vinho, sua risada e seus amigos e no sábado também, com jeito de quem estava no momento alto de uma opinião dada -
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